2 de fev. de 2011

ATLÉTICO, O ALGOZ DO BRASIL

A seleção brasileira tinha Pelé e Tostão no comando do ataque, tinha acabado de vencer o Paraguai no Maracanã por 1x0 feito que a gabaritava para a disputa da copa do México de 1970. Mas a pergunta corrente entre todos os torcedores brasileiros era: "Esse time está pronto para a Copa?" Enquanto toda a torcida brasileira ainda estava em dúvida; os atleticanos já tinham a resposta: "NÃO!”

Pois, o técnico da Seleção não convocou os atleticanos Oldair e Dario, que na época estavam em grande fase. Além disso, havia uma rixa pessoal entre os dois lendários técnicos João Saldanha do Brasil e Iustrich do GALO. E essa rixa ficou ainda mais forte quando Yustrich afirmou que o Atlético venceria as "feras de Saldanha" se as duas equipes se enfrentassem. Quase que imediatamente Saldanha aceitou o desafio.

Os lendários Yustrich e João Saldanha foram dois dos mais polêmicos personagens de nosso futebol. Os dois nutriam uma rixa, que ninguém sabe ao certo onde surgiu.
O clima de rivalidade entre o GALO e a Seleção era tão grande que na véspera do jogo que o Brasil enfrentou o Paraguai os jornais mineiros noticiavam: "todo o Atlético está torcendo para a seleção vencer." mas o GALO também exibia uma insolência digna de poucos clubes de raça. Na quarta-feira 3 de setembro de 1969, o que viu em campo foi à impetuosidade, vestida não com a camisa alvinegra, pois a cbd não permitiu. O GALO foi obrigado a entrar no gramado com a camisa da seleção mineira.

A massa lotou o Mineirão e logo aos dois minutos quase saiu o primeiro grito de gol do GALO. Dario passou por Djalma Dias e Joel e chutou forte, Félix saltou e mandou para escanteio. Na defesa, Oldair não permitia que Pelé e Tostão se entendessem. No meio-campo, Gerson e Piazza perdiam quase todos os lances para Amauri e Laci. O GALO queira jogo, ao contrário da Seleção. Sempre que podia as feras de Saldanha esfriavam o jogo.

Aos 30 minutos Dario inebriou a torcida ao descer despingolado pela esquerda. Passou por Joel e Djalma Dias e mandou o balaço. Félix defendeu e soltou nos pés de Tião, que chutou pra fora. Até então o goleiro Mussula do GALO não tivera maiores problemas com os atacantes da seleção brasileira. Apenas uma vez Tostão chutou sem perigo.

Aos 40 minutos, Oldair roubou a bola e tocou para Humberto Monteiro que lançou Amauri. O ponta- de - lança invadiu a área e chutou uma bola sem defesa para o goleiro Félix. GALO 1x0. Era o sonho atleticano de derrotar a Seleção Brasileira que começava a se concretizar.

Só depois do gol atleticano que a Seleção Brasileira começou a procurar jogo. Já no segundo, a seleção marca no seu primeiro ataque logo aos 3 minutos. Carlos Alberto Torres cruzou a bola para Pelé, que impedimento marca 1x1. Depois de muita reclamação, o gol do rei do futebol é confirmado.

Os jogadores do GALO ficam revoltados: "isso é armação, é armação.... não vão deixar agente vencer!"
Com o gol, a Seleção avançou para o ataque, o GALO sentiu o golpe e a dificuldade que era enfrentar a melhor equipe de futebol de todos os tempos! Mas mesmo assim, com a ajuda da massa, começou a equilibrar o jogo lá pelos 15 minutos da etapa complementar. E quatro minutos mais tarde, Dadá Maravilha ganha de Joel e Djalma Dias, e manda um balaço para o fundo das redes do goleiro Félix, GALO 2x1. O Mineirão quase vem a baixo. A massa começa a agitar!

E em campo só dá GALO. A equipe de Saldanha se perde em meio aos gritos da massa e o jogo envolvente do GALO. Diante do show de bola atleticano, os jogadores da seleção brasileira perdem a cabeça e Carlos Alberto Torres é expulso por reclamações e com jogador a menos o Brasil apenas joga para não levar mais gols, pois seria uma humilhação grande demais.

Vídeo com os melhores lances

http://www.youtube.com/watch?v=4U5P8JrRwB0

2 comentários:

Belo testo parabéns.....@roberto_odorico

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